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Como diferenciar precaução de cornetagem do apocalipse

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Há um tempo atrás, no artigo Alguns pensamentos que provavelmente estão te impedindo de inovar, falamos sobre um fenômeno conhecido como Síndrome do Corneteiro do Apocalipse (SCA) e mostramos o quanto isso pode ser prejudicial.

Em termos simples, o corneteiro do apocalipse é aquele cara que pensa em absolutamente tudo que pode dar errado e acredita cegamente que o pior sempre vai acontecer.

Apesar desse cara te ajudar a compreender alguns riscos, ele possui um grande potencial de atrasar tomadas de decisões ou criar uma grande infra-estrutura  de  proteção contra um problema que provavelmente nunca acontecerá. Ambas as opções podem custar muito caro para empresas, principalmente no início, que é a fase mais complicada.

Como na vida empreendedora precisamos buscar o equilíbrio, avaliaremos aqui como diferenciar a precaução da cornetagem do apocalipse.

Corneteiro do apocalipse

Se você não sabe quem é esse cara, recomendo buscar por “Epic Sax Guy”

Para avaliar um risco, analise o impacto vs. a probabilidade de acontecer
No geral, as pessoas consideram como risco simplesmente o tamanho do pepino, mas isso não é verdade.

Por exemplo, se um asteroide cair na Terra, o pepino será gigantesco, de fato apocalíptico. Porém, não é um risco que as pessoas levam muito em conta em seus planejamentos, principalmente depois que sobrevivemos ao temido ano de 2012.

O caso do asteroide não é considerado um grande risco por um motivo muito simples, a probabilidade de acontecer é muito baixa. Além do mais, se isso acontecer, temos Bruce Willis para nos salvar.

Brincadeiras à parte, uma boa noção sobre a probabilidade do problema acontecer é uma das habilidades mais importantes na avaliação de riscos. Talvez até maior do que uma estimativa precisa do tamanho do impacto.

No caso do corneteiro do apocalipse, ele normalmente se manifesta de 2 maneiras, ou aumentando o tamanho do impacto ou dando certeza que o pior irá acontecer.

A melhor opção para avaliar se a cornetagem é válida é fazer um cálculo rápido do impacto (necessidade de tempo e dinheiro para resolver o problema) se o pior acontecer. Depois, estime quanto custará a proteção (tempo e dinheiro necessários).

Se o custo da proteção for maior do que o risco (impacto multiplicado pela probabilidade), provavelmente o melhor a fazer é assumir o risco e seguir em frente.

Por outro lado, algumas vezes a prevenção custa pouco comparado ao risco, então ela vale muito a pena.

Um exemplo bem comum de erro que as empresas cometem é subestimar a probabilidade de ficarem um tempo sem clientes.

A análise, muitas vezes inconsciente, é de que apesar do alto impacto (perda de faturamento), a probabilidade dos clientes pararem de aparecer é pequena, por isso o custo de prevenção (investimento em marketing) não vale a pena.

Daí quando chega a época das vacas magras, a fonte de clientes seca e o impacto é muito maior do que o imaginado e aquele investimento em construir a sua marca (prevenção) teria valido muito a pena.

Especificamente quando falamos sobre conseguir e manter clientes, temos que dar toda a razão ao corneteiro, dessa vez ele está certíssimo em pedir precaução.

Para se aprofundar no tema sobre as áreas em que você deve sempre se prevenir, recomendo o artigo As 4 coisas que mais fazem falta quando acabam.

Quanto mais experiente, mais fácil avaliar os riscos
Lógico que essa comparação de “Custo de prevenção” vs. “Impacto do problema” x “Probabilidade ele acontecer” é completamente teórica e é muito difícil ter números precisos sobre isso (empresas grandes trabalham com modelos estatísticos mais elaborados, mas aí é outra realidade que não se encaixa muito aqui). Mas o grande ponto é que conforme você se torna mais experiente, melhor serão suas análises.

Para lidar com essa situação, minha dica para quem ainda não tem muita experiência:

  • Previna-se o máximo o possível em relação a suas receitas. Lembre-se que quase-cliente não é cliente e não gaste dinheiro que você ainda não tem.
  • Seja moderado em relação a problemas de grande impacto e baixa probabilidade. Se a prevenção for razoavelmente barata, vale a pena ficar protegido.
  • Problemas de escala normalmente demoram até precisarem de atenção. Evite investir em uma mega infra-estrutura e contratar muitas pessoas se você ainda não tem uma grande demanda, provavelmente o crescimento será mais lento do que você espera. Além do mais, boa parte dos problemas de escalas em uma pequena empresa possuem um impacto médio, mas nada que vá acabar com sua empresa.

Conforme você ganha experiência, sua análise das variáveis será cada vez mais precisa, o que facilitará a tomada de decisões. Até lá, esses 3 passos servem como um guia.

Conclusão: Prevenindo ou remediando, o importante é saber o que está fazendo
Apesar do empreendedorismo estar bastante associado ao risco, o essencial nessa área é saber o que está fazendo. A palavra-chave é: risco calculado.

Seja através de estimativas numéricas ou simples análise baseada na experiência, empreendedores sempre estudam os fatores que citei antes de tomar qualquer decisão. Agir loucamente é uma fórmula quase-certa para o fracasso.

Na Empreendemia por exemplo, além do esforço diário em conseguir novos clientes prevenção máxima sobre as receitas), fizemos um seguro em que as proteções principais envolvem cobertura dos computadores e pagamento das despesas fixas em caso de incêndio, explosão e fumaça.

Nossa análise levou em conta, basicamente, que o custo do seguro é muito pequeninho se comparado à chance de ficarmos sem os computadores ou tivermos que bancar tudo em caso de um incêndio ou algo do tipo (probabilidade baixa, mas impacto gigantesco).

Nessa área, recomendamos bastante o seguro para escritórios da Porto Seguro.

Se você também quer garantir seus equipamentos eletrônicos e ficar protegido em caso de incêndios, veja mais aqui.

Abraços,
Millor Machado (prevenido quando possível, remediado quando necessário)

Obs.: Esse artigo foi patrocinado pela Porto Seguro. Isso significa que os recomendamos como referência, mas não há influência em nossa linha editorial nem nossa opinião.

Confira como trabalhamos com artigos patrocinados no post Conteúdo útil para empreendedores em primeiro lugar.


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